Renda Fixa: Começando a Investir sem Susto
16 de outubro de 2023
Já ouviu falar em renda fixa, mas fica boiando quando o assunto é Tesouro Direto, CDB? Relaxa, você não está sozinho! Renda fixa é o pão com manteiga do mundo dos investimentos, especialmente para quem está começando. Então, vamos descomplicar isso juntos, beleza?

O que é Renda Fixa, Afinal?
Renda fixa é uma classe de ativos financeiros que oferece um retorno previsível ao investidor, seja em forma de juros ou de uma série de pagamentos fixos. Ao investir em renda fixa, você está, essencialmente, emprestando dinheiro a uma entidade emissora, que pode ser um banco, uma empresa ou até mesmo o governo. Em troca, essa entidade se compromete a devolver o dinheiro investido inicialmente acrescido de juros ao final de um período determinado, conhecido como “data de vencimento”.
A renda fixa é frequentemente contrastada com a renda variável, onde o retorno não é garantido e pode variar significativamente. Os títulos de renda fixa são, portanto, considerados menos arriscados e são uma escolha popular para investidores que buscam preservar o capital e gerar uma renda estável.
Pense na renda fixa como um contrato de aluguel. Você é o proprietário e o inquilino é a instituição financeira. O inquilino (instituição) paga um “aluguel” mensal (juros) por usar seu dinheiro. No final do contrato (data de vencimento), o inquilino devolve sua casa (o principal investido) intacta. Você sabia desde o início quanto receberia de aluguel e tinha a segurança de que sua casa seria devolvida.
Entenda a rentabilidade
No universo da renda fixa, os investimentos podem ser categorizados em três tipos principais: prefixados, pós-fixados e híbridos.
- Prefixada: Nesta modalidade, a taxa de juros é acordada no momento da aplicação. O investidor tem a certeza de quanto receberá ao final do período de investimento. Por exemplo, se você investe em um título prefixado com uma taxa de 8% ao ano e o mantém até o vencimento, você receberá exatamente esse retorno.
Por exemplo: Imagine que você empresta R$ 1.000 a um amigo e ele promete te devolver R$ 1.080 daqui a um ano. Você sabe exatamente quanto receberá no final. No mundo dos investimentos, isso é um título prefixado com uma taxa de 8% ao ano.
- Pós-Fixada: Neste caso, o rendimento é atrelado a um indexador econômico, como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou a Selic (Taxa Básica de Juros). O retorno é variável e depende do comportamento desse indexador durante o período do investimento. Por exemplo, se o título oferece um rendimento de 110% do CDI e o CDI for de 5%, seu rendimento será de 5,5%.
Por exemplo: imagine que você empresta os mesmos R$ 1.000, mas seu amigo diz que vai te pagar com base em quanto ele ganhar no próximo ano. Se ele ganhar bem, você ganha mais; se ele ganhar menos, você ganha menos. É um risco calculado. O “Lucro” do seu amigo nesse exemplo é equiparado a indexadores como o CDI, por exemplo, se ele subir, você ganha mais, se cair, ganha menos.
- Híbrida: Esta é uma combinação das duas anteriores. Uma parte do rendimento é prefixada e a outra é pós-fixada, geralmente atrelada a um índice como o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Isso permite que o investidor tenha um retorno garantido e ainda possa se beneficiar de possíveis altas no índice atrelado. Por exemplo, um título pode oferecer um rendimento de 5% ao ano mais a variação do IPCA. Complicado? Vou te explicar logo abaixo.
Por exemplo: Vamos misturar as coisas. Você empresta R$ 1.000 e seu amigo promete te pagar R$ 1.050 (Seria a parte prefixada), mais qualquer dinheiro extra que ele ganhar vendendo limonada no verão você terá um percentual também (Essa parte é pós-fixada). Então, você tem uma parte garantida e uma parte variável. No mundo dos investimentos, isso seria um título que oferece uma taxa prefixada de 5% mais a variação do IPCA. Se o IPCA for de 3%, você receberá um total de 8%, ou seja, R$ 1.080.
Por que eu devo investir na renda fixa?
Renda fixa e renda variável são como dois lutadores em um ringue, cada um com suas próprias estratégias e riscos.
- Renda Fixa: É o lutador defensivo, que sabe exatamente quais movimentos fazer para se proteger e garantir uma vitória segura, mesmo que seja por pontos.
- Renda Variável: Este é o lutador ofensivo, que pode dar um nocaute espetacular e ganhar a luta em segundos, mas também corre o risco de ser nocauteado se não for cuidadoso.
Se você é novo no mundo dos investimentos, é prudente começar com o lutador defensivo, a renda fixa, antes de se aventurar com o ofensivo, a renda variável.
Quais garantias tenho na renda fixa?
O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma entidade privada e sem fins lucrativos que oferece uma camada extra de segurança para determinados tipos de investimentos em renda fixa. Se a instituição financeira onde você investiu enfrentar problemas como falência ou liquidação, o FGC entra em ação para garantir que você não perca seu dinheiro.
Limite de Cobertura: É importante saber que o FGC garante até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira. Além disso, há um teto global de R$ 1 milhão a cada quatro anos para cada investidor.
Produtos Cobertos pelo FGC:
- Depósitos de poupança;
- Letras de câmbio(LC);
- Letras de crédito imobiliário (LCI);
- Letras de crédito do agronegócio (LCA);
- Certificados de depósito bancário (CDB).
Essa proteção do FGC é como um seguro para seu investimento, mas é crucial entender os limites e quais produtos estão realmente cobertos.
Ainda ficou com dúvida? Agende agora a sua consultoria financeira gratuita.